Enfermeiro inventa dispensador de preservativos que se torna modelo 23 de agosto de 2013
Por ocasião da 1ª Semana Estadual da Juventude, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lançou oficialmente o dispensador de camisinha, criado por técnicos da Coordenação Estadual DST/AIDS. O lançamento ocorreu no Ginásio do bairro Santa Inês em Macapá.
“Esse instrumento vem se somar a um projeto já existente”, explica o enfermeiro Vencelau Pantoja referindo-se ao dispensador alternativo de camisinhas adaptado na própria embalagem de papelão onde fica o preservativo e que chamou a atenção do Ministério da Saúde.
O dispensador de papelão foi desenvolvido por Pantoja e pelo enfermeiro Sávio Sarquiscomo forma de facilitar o acesso da população aos preservativos e ao mesmo tempo contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente.
Agora o projeto será expandido com a utilização de uma nova embalagem e a distribuição será ampliada para escolas públicas de todo o estado, além de unidades de saúde, associações de moradores, instituições de ensino superior, entre outros espaços onde há grande circulação principalmente de jovens. “Não estamos incentivando a prática sexual e sim facilitando o acesso aos preservativos para aqueles que já iniciaram a vida sexual”, argumenta o enfermeiro.
Vencelau Pantoja explica que o indivíduo não vai precisar pedir a ninguém a camisinha, pois poderá retirar a quantidade que quiser no dispensador. “Percebi que as pessoas ficam retraídas para pegar o preservativo, como se fosse algo ilícito. E a ideia é justamente popularizar o uso. As pessoas precisam perder a vergonha de se proteger”, ressalta.
Mesmo confessando que conversas sobre sexo com os 6 filhos não acontece dentro de casa por ter sido criada num ambiente familiar onde não se falava do assunto, a dona de casa Francisca da Silva Lima, de 46 anos, aprova a ideia dos dispensadores de camisinha. “É importante porque hoje, a maioria das meninas novas não se previnem e acabam engravidando ou pegando doença”, opinou.
O acadêmico João Almeida, 18 anos, acredita que a popularização do uso da camisinha vai preencher a lacuna da falta de diálogo dos pais com os filhos sobre sexo. “Entendo que os pais precisam se aproximar mais dos filhos neste sentido. Com toda a banalização do sexo na adolescência ainda tem pais que acham que os filhos estudantes do ensino fundamental ainda não começaram a vida sexual”, afirmou.
A primeira instituição a receber o dispensador de camisinhas foi a Universidade do Estado do Amapá (Ueap).
fonte: http://www.amajobs.com.br/blog/?p=83
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